terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fome de viver

Quando eu fazia o 1º ano do ensino médio, meu professor de português sugeriu um tema para redação: 'Amor: é possível amar mais de uma vez?'.
By Lígia Camargo
Eu, no auge dos meus 15 anos, na euforia do primeiro romance, da primeira paixão, do primeiro amor, defendi com unhas e dentes a ideia de que só se ama uma vez na vida e que sempre seria assim, para a vida toda. E ainda completei dizendo que poderíamos até nos relacionar novamente, nos envolver noutros romances, mas nada seria como o primeiro, pois o amor do primeiro sempre eterno.
Bobagem.
Com o tempo, e fugindo da teoria, senti na pele que amores vem e vão... e sinceramente, ainda bem que funciona assim...
Na prática eu também pude compreender que toda vez que eu me relacionava (não que tenha sido várias vezes), eu sempre gostava mais em cada novo conhecer, envolver. Sempre queria mais e mais quem vinha depois.
Já me envolvi de corpo e alma três vezes... e dei tudo de mim... Agora estou feliz. Alegre. Querendo dividir essa alegria que está me consumindo com o mundo... Porque é muito alegria... e se todos conseguissem sentir ao menos um pouquinho do que eu sinto agora, nossa, tenho certeza que acordariam mais felizes... Porque esse bem estar me dá fome de viver. Sede de sempre mais... Na euforia de um ritual de uma nova conquista...

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